iStockphoto.com / jean-marie guyon Segundo colunista, crise tem feito os arquitetos se reinventarem.
O Brasil passa, atualmente, por uma de suas crises mais sérias na economia. Não é exagero dizer que toda uma geração, com mais de vinte anos de vida, desconhecia, até então, tamanha instabilidade financeira. Centenas de portas foram fechadas para os trabalhadores. Em poucos meses, viu-se criar um futuro cheio de medos e incertezas. A sensação geral da população é de que o ano de 2015 foi embora sem deixar nenhuma saudade.
Apesar dos dias difíceis, o povo brasileiro tem se mostrado positivo, lutando diariamente para manter as contas em dia. E são nesses momentos de crise que as profissões se inovam e se reinventam. É preciso buscar novas oportunidades, diversificando os serviços oferecidos e ampliando, assim, os nichos de mercado em todas as áreas profissionais.
Os arquitetos e urbanistas vêm seguindo este mesmo pensamento, de que seus conhecimentos não são limitados ao campo de planejamento e execução civil. Além das áreas onde ele já atua, estão surgindo outras vagas em setores curiosamente diferentes.
Para os mais teóricos, além das vagas no campo do ensino, em universidades e escolas com cursos de especializações, as editoras vêm abrindo espaço para os arquitetos redatores. Juntamente com a atuação na função de consultor, alguns profissionais servem também como autores de muitos livros, revistas, e-books, artigos em sites, blogs e jornais nas áreas em que atuam.
Outros, ainda, exploram as habilidades que têm em percepção visual, realizando registros fotográficos, obras artísticas e criando no design de interiores, de móveis e de produtos. As agências de publicidade, propaganda e marketing também têm contratado arquitetos com conhecimento gráfico para a criação de maquetes eletrônicas, comunicação visual de ambientes comerciais e cenários para as suas campanhas.
Ainda nas artes visuais, há um recente e lucrativo campo aberto para aqueles profissionais com formação em arquitetura e com conhecimentos na criação e aprimoramento do “mundo virtual” em obras cinematográficas e de vídeo games. O fácil entendimento da tridimensionalidade, aliada à familiaridade com diferentes materiais e técnicas construtivas e estilos arquitetônicos, o permite simular com maior perfeição as vistas usadas como pano de fundo para as cenas gravadas em vídeo.
É um clichê, mas ‘quando uma porta se fecha, outras se abrem’. Enquanto houver otimismo, perseverança e empreendedorismo, há esperança para a retomada da economia. Então, não é o momento de se deixar derrotar. Pelo contrário. É hora de arregaçar as mangas e reagir, usando a crise como impulso, inovando uma vez mais as profissões. Que o povo brasileiro possa enfrentar o ano de 2016 confiante e agindo contra a estagnação da economia e a favor do crescimento.
