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Um novo jeito de pensar educação financeira

Istockphoto / lucato Para administrar melhor as finanças é preciso avaliar hábitos e costumes.

Olá, amigos do Mundo Carreira! A partir de hoje, neste espaço, vamos falar dos mais diversos assuntos relacionados ao universo financeiro. E, para começar, gostaria de desmistificar um tema: a educação financeira, que é frequentemente confundida e trabalhada de maneira errônea.

A educação financeira é uma ciência humana, que lida com questões comportamentais, hábitos e costumes, e não uma ciência exata, baseando-se exclusivamente em números, cálculos, planilhas e etc. Gosto de esclarecer isso porque muita gente tem aversão ao tema, não gosta nem de conversar, quanto mais de praticar, simplesmente por falta de informação.

Pensando nisso, resolvi criar uma metodologia simples e eficaz, para que as pessoas conseguissem de fato entender a educação financeira e aplicá-la em seu dia a dia, de maneira que realizassem mais objetivos de vida; afinal de contas, é para isso que nós vivemos, para sermos felizes, não é?

Para isso, apresento a vocês quatro passos: Diagnosticar, Sonhar, Orçar e Poupar, que baseia a Metodologia DSOP, presente em mais de 1500 escolas em todo o país e que já ajudou mais de 1 milhão e meio de pessoas a mudarem de vida, saírem do ciclo do endividamento – e até inadimplência – e realizarem mais sonhos.

O primeiro passo é fazer um diagnóstico da situação financeira. Saber exatamente quais são os ganhos mensais e para onde está indo cada centavo do dinheiro. Uma dica é separar as despesas por categorias; assim, é possível analisar com o que está sendo gasto e diminuir ou cortar os supérfluos e excessos. Terá uma visão micro e macro das finanças, podendo, a partir daí, fazer planejamentos.

A próxima etapa é estabelecer objetivos/metas com clareza e o máximo de informação possível. Liste, pelo menos, três sonhos: um de curto (até um ano), um de médio (de um a dez anos) e outro de longo prazo (acima de dez anos), sabendo quanto custam e quanto poderá poupar mensalmente para cada um. Uma ideia legal é direcionar aqueles valores que conseguiu cortar dos gastos do dia a dia para essa finalidade.

Isso é saber priorizar. O que realmente importa pra vida, satisfações pequenas e pontuais, por meio de compras impulsivas – e até compulsivas –, ou realização de sonhos? E isso nos leva ao terceiro passo: orçar. A maioria das pessoas aprendeu a fazer o orçamento financeiro da maneira errada, realizando a conta Ganhos (-) Gastos = Lucro/Prejuízo. O grande segredo é fazer Ganhos (-) Sonhos (-) Gastos.

Dessa maneira, os objetivos serão prioridade e o padrão de vida será reestabelecido, evitando se endividar inconscientemente e se tornar inadimplente, como vemos muito por aí. Percebem que é um processo bem estabelecido, que conta com planejamento e funciona de verdade, se tiver foco e disciplina? E mais: só depende de cada um.

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