Muitas empresas reconhecem que oferecer bons benefícios é um importante método para satisfazer, fidelizar e estimular a produtividade de seus funcionários. Contudo, o trabalhador deve saber administrar bem esses recursos para aproveitar ao máximo as vantagens.
Você já deve ter ouvido falar de um colega de trabalho que consumiu todo o seu vale refeição ou vale transporte antes do final do mês e por isso teve que despender uma quantia de seu próprio salário, não é mesmo? Para melhor gerenciar esses benefícios, é importante saber o valor disponível por dia e, caso ultrapasse, compensar nos dias seguintes.
No Brasil, a grande maioria dos trabalhadores (67%) prefere benefícios de proteção à renda, como seguros de vida e invalidez, a salários maiores, segundo pesquisa da Zurich e da Universidade de Oxford. Considerando que muitos brasileiros têm dificuldades para manter uma poupança para imprevistos, o resultado não poderia ser diferente. Contudo, com a reforma na Previdência Social, acredito que cada vez mais trabalhadores passarão a poupar dinheiro para o seu futuro.
Em meu trabalho como educador financeiro noto algo paradoxal: os jovens acreditam ser cedo demais para pensar em sua aposentadoria e os mais velhos acreditam que já seja tarde demais. É claro que quanto antes o trabalhador começar a poupar, menos agressivo deverá ser o seu investimento, contudo é imprescindível começar essa reserva independentemente da idade. Pensando nisso, muitas empresas oferecem até mesmo incentivos para a previdência privada.
Aos funcionários que têm direito à participação nos lucros da empresa, a orientação é ter educação financeira sempre que for utilizar essa quantia, respeitando a sua situação atual (endividado, equilibrado financeiramente ou investidor). O mesmo vale para os valores referentes às férias e folgas remuneradas, que, por sua vez, devem ser aproveitadas para melhorar a qualidade de vida.
Uma quantia que está disponível para muitos trabalhadores é a de contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Ter acesso a essa renda extra é muito positivo, contudo é preciso evitar colocar em risco a reserva financeira construída após meses ou anos de trabalho com o objetivo de protege-lo em caso de demissão sem justa causa.
Além destes benefícios, ter acesso ao plano de saúde, no qual a empresa arca com as despesas totais ou parte delas, também é uma vantagem que deve ser aproveitada pelo trabalhador. Muitas formam parcerias com farmácias, o que também é um estímulo para que o funcionário cuide de sua saúde pagando um preço melhor do que se fosse procurar de forma independente.
Quero finalizar este artigo lembrando de um importante benefício que pode – e deve – ser aproveitado pelo trabalhador, caso a empresa ofereça: a capacitação, arcando de forma integral ou parcial com os cursos. Dessa forma, a companhia fideliza e investe no profissional, que se sente motivado para continuar atuando na empresa.
Viu como ter educação financeira é saber administrar todos recursos disponíveis – que não se restringem ao dinheiro?