Todos somos empreendedores. Seja abrindo uma empresa, seja “vendendo” nossas horas de trabalho para alguma companhia. Gosto de ressaltar isso, porque é uma verdade negada por muitos. Partindo desse princípio, falo sobre educação financeira para empreendedores, ou seja, para todos aqueles que trabalham.
Na coluna de hoje, especificamente, vou conversar com aqueles que têm um negócio próprio. Para estes, minhas orientações para que se atinja o sucesso no empreendimento são separadas em três categorias: talento, competência e experiência. Aprofundo sobre cada uma em meu livro “Papo Empreendedor” (Editora DSOP), escrito juntamente com o professor e consultor empresarial do Sebrae, Irani Cavagnoli.
Quando falo de talento, me refiro a ter o “dom” de fazer aquilo a que está se propondo no negócio; é praticamente um poder natural, que nasceu com você. Em relação à aptidão, consiste em estar aberto a novos conhecimentos e desenvolver habilidades que melhorem o espírito empreendedor.
E sobre o terceiro quesito, como o próprio nome já sugere bem, é a experiência, ou seja, toda a bagagem que já se tem, tanto sobre gestão de negócios como sobre o foco do negócio (histórico, contexto atual, público-alvo, etc.). E é aí que vem um quarto pilar, para complementar a base e fortalecer o projeto: a educação financeira.
Por isso, desenvolvi uma metodologia própria que ensina, de maneira simples e desmistificada, a se educar financeiramente, em quatro passos: Diagnosticar, Sonhar, Orçar e Poupar.
Diagnosticar é realmente analisar a situação como um todo, ter ciência do terreno que está pisando, explorar o campo de oportunidades, enfim, ter uma visão geral de todos os cenários possíveis. O segundo pilar consiste em estimular o empreendedor a ter objetivos bem definidos, pois, diante da imensa gama de oportunidades de mercado, ficar perdido é o mesmo que estar um passo atrás.
Como terceiro passo, temos o orçamento, que significa saber qual o valor de todo esse projeto (empreendimento), ou seja, realizar um plano de negócio. Deve-se, então, detalhar alguns pontos, como “o que”, “como”, “quando” e a “que custo” será implementado o negócio. O último pilar é o Poupar, momento de tirar o plano de negócio do papel para vê-lo se transformar em “realidade”.
Após tudo isso, é hora de reunir todos os recursos necessários – financeiro, humano, material e organizacional – para que a empresa comece a sua caminhada rumo ao sucesso e à consolidação, e o melhor, de maneira saudável e sustentável.