Em meus 17 anos como especialista em Inteligência Emocional, dentro de grandes corporações eu nunca vi ninguém levantar a mão e declarar que precisava trabalhar sua própria inteligência emocional. No entanto, são inúmeras as vezes que eu ouvi que a única coisa que seu colega precisava trabalhar era a inteligência emocional.
Este é o problema: os que mais precisam desenvolvê-la são os que menos percebem isso em si mesmos. Pesquisas cientificas recentes mostram que a inteligência emocional é o grande diferenciador entre as pessoas de sucesso e aquelas que apenas cumprem tarefas. No entanto, existem muitos que ainda não desenvolveram essa habilidade em si mesmos – ou estão esperando até que seja tarde demais.
Aqui estão alguns dos sinais de que você deve desenvolver a sua Inteligência Emocional:
- Muitas vezes você sente que os outros não vão direto ao ponto, e isso o deixa impaciente e frustrado.
- Se sente surpreso quando os outros se ressentem dos seus comentários e você acha que eles estão exagerando.
- Você acha que ser querido ou aceito no trabalho é bobagem.
- Mantém expectativas elevadas demais em relação aos outros.
- Encontra culpados para a maioria dos seus problemas em sua equipe.
- Você se irrita quando os outros esperam que você saiba como eles se sentem.
- Então, o que você pode fazer se você reconheceu-se nesta lista?
Aqui estão quatro estratégias de Inteligência Emocional que vão mudar radicalmente a suas relações profissionais:
Peça feedback
Você não pode trabalhar em um problema que você não enxerga. Um elemento fundamental da inteligência emocional é a autoconsciência – esta é a capacidade de se reconhecer e estar ciente de seus comportamentos em todos os momentos. Se você fizer uma avaliação 360 ou simplesmente pedir a algumas pessoas para que o observem, será fundamental para perceber o que você faz ou deixa de fazer. Não encontre desculpas para os seus comportamentos que forem apontados. Isso frustrará a finalidade do feedback. Em vez disso, ouça cada feedback e procure compreendê-los dentro dos seus respectivos contextos. Quando ouvimos o que os outros pensam sobre nós, isso facilita mudarmos ou nos determinarmos a mudar.
Cuidado com a diferença entre intenção e impacto
Aqueles que possuem uma inteligência emocional pouco desenvolvida podem superestimar o impacto negativo que suas palavras e ações têm sobre os outros. Eles ignoram a diferença entre o que eles quiseram dizer e o que os outros realmente ouviram. Aqui estão alguns exemplos comuns do que aqueles com baixa inteligência emocional podem dizer e como os outros ouvem na verdade:
O que você diz: “No final das contas, o importante é fazermos o trabalho bem feito.”
O que os outros ouvem: “Tudo o que importa são os resultados e se alguns se ofendem ao longo do caminho, que assim seja.”
O que você diz: “Se eu posso compreender, qualquer um pode.”
O que os outros ouvem: “Você não é inteligente o suficiente para conseguir isso.”
Independentemente do que você pretende dizer, pense em como as suas palavras vão causar impacto nos outros e se é assim que você quer que eles se sintam. Pense antes: qual é a impressão que eu quero causar? Como eu quero que as pessoas se sintam sobre mim ? Como eu preciso expressar a minha mensagem para alcançar esse objetivo?
Pressione o botão de pausa
Ter uma alta inteligência emocional significa fazer escolhas sobre como você responde em todas as situações, em vez de ter uma reação instintiva. Cuidado com o seu comportamento reativo baseado no medo e no passado. Ao invés disso, faça uma pausa antes de reagir. Há duas pausas importantes a fazer:
Pausa para ouvir a si mesmo. Quando começar a ficar impaciente e frustrado nas discussões, talvez você sinta sua mandíbula pressionar e um aperto no peito. Ao reconhecer estes sinais físicos por exemplo, faça uma pausa e lembre-se que estas reações são consequências dos seus medos. Pare e determine como quer responder no momento presente, em vez de confiar em seu padrão de reação automática.
Pausa para ouvir os outros. Ouvir é ajudar o outro a sentir-se importante e reconhecê-lo (mesmo que você não concorde com ele!). Não é o mesmo que não dizer nada. É simplesmente dar aos outros a oportunidade de transmitir as suas ideias antes de sair na defensiva.
Use ambos os sapatos
Muitas vezes é sugerido para que você “se coloque no lugar do outro” para desenvolver a sua empatia – um componente-chave da inteligência emocional. Mas na realidade, você precisa usar ambos os sapatos – compreender tanto os seus motivos, quanto os dos outros, e enxergar a situação de ambos os lados. Descubra um caminho que leve em consideração tanto os seus motivos e sentimentos, como dos outros também.
Desenvolver a sua Inteligência Emocional exige compromisso, disciplina e uma verdadeira crença na sua importância em todos os aspectos da sua vida e de quem você ama. Com o tempo e muita prática, você verá que os resultados que conseguiu superam em muito o esforço que levou para chegar lá!