Home > Opinião > Inteligência emocional para as relações profissionais

Inteligência emocional para as relações profissionais

iStockphoto.com / g-stockstudio Quem não sabe controlar as emoções pode apresentar dificuldades na hora de se relacionar.

Em meus 17 anos como especialista em Inteligência Emocional, dentro de grandes corporações eu nunca vi ninguém levantar a mão e declarar que precisava trabalhar sua própria inteligência emocional. No entanto, são inúmeras as vezes que eu ouvi que a única coisa que seu colega precisava trabalhar era a inteligência emocional.

Este é o problema: os que mais precisam desenvolvê-la são os que menos percebem isso em si mesmos. Pesquisas cientificas recentes mostram que a inteligência emocional é o grande diferenciador entre as pessoas de sucesso e aquelas que apenas cumprem tarefas. No entanto, existem muitos que ainda não desenvolveram essa habilidade em si mesmos – ou estão esperando até que seja tarde demais.

Aqui estão alguns dos sinais de que você deve desenvolver a sua Inteligência Emocional:

  • Muitas vezes você sente que os outros não vão direto ao ponto, e isso o deixa impaciente e frustrado.
  • Se sente surpreso quando os outros se ressentem dos seus comentários e você acha que eles estão exagerando.
  • Você acha que ser querido ou aceito no trabalho é bobagem.
  • Mantém expectativas elevadas demais em relação aos outros.
  • Encontra culpados para a maioria dos seus problemas em sua equipe.
  • Você se irrita quando os outros esperam que você saiba como eles se sentem.
  • Então, o que você pode fazer se você reconheceu-se nesta lista?

Aqui estão quatro estratégias de Inteligência Emocional que vão mudar radicalmente a suas relações profissionais:

Peça feedback

Você não pode trabalhar em um problema que você não enxerga. Um elemento fundamental da inteligência emocional é a autoconsciência – esta é a capacidade de se reconhecer e estar ciente de seus comportamentos em todos os momentos. Se você fizer uma avaliação 360 ou simplesmente pedir a algumas pessoas para que o observem, será fundamental para perceber o que você faz ou deixa de fazer. Não encontre desculpas para os seus comportamentos que forem apontados. Isso frustrará a finalidade do feedback. Em vez disso, ouça cada feedback e procure compreendê-los dentro dos seus respectivos contextos. Quando ouvimos o que os outros pensam sobre nós, isso facilita mudarmos ou nos determinarmos a mudar.

Cuidado com a diferença entre intenção e impacto

Aqueles que possuem uma inteligência emocional pouco desenvolvida podem superestimar o impacto negativo que suas palavras e ações têm sobre os outros. Eles ignoram a diferença entre o que eles quiseram dizer e o que os outros realmente ouviram. Aqui estão alguns exemplos comuns do que aqueles com baixa inteligência emocional podem dizer e como os outros ouvem na verdade:

O que você diz: “No final das contas, o importante é fazermos o trabalho bem feito.”
O que os outros ouvem: “Tudo o que importa são os resultados e se alguns se ofendem ao longo do caminho, que assim seja.”

O que você diz: “Se eu posso compreender, qualquer um pode.”
O que os outros ouvem: “Você não é inteligente o suficiente para conseguir isso.”

Independentemente do que você pretende dizer, pense em como as suas palavras vão causar impacto nos outros e se é assim que você quer que eles se sintam. Pense antes: qual é a impressão que eu quero causar? Como eu quero que as pessoas se sintam sobre mim ? Como eu preciso expressar a minha mensagem para alcançar esse objetivo?

Pressione o botão de pausa

Ter uma alta inteligência emocional significa fazer escolhas sobre como você responde em todas as situações, em vez de ter uma reação instintiva. Cuidado com o seu comportamento reativo baseado no medo e no passado. Ao invés disso, faça uma pausa antes de reagir. Há duas pausas importantes a fazer:

Pausa para ouvir a si mesmo. Quando começar a ficar impaciente e frustrado nas discussões, talvez você sinta sua mandíbula pressionar e um aperto no peito. Ao reconhecer estes sinais físicos por exemplo, faça uma pausa e lembre-se que estas reações são consequências dos seus medos. Pare e determine como quer responder no momento presente, em vez de confiar em seu padrão de reação automática.

Pausa para ouvir os outros. Ouvir é ajudar o outro a sentir-se importante e reconhecê-lo (mesmo que você não concorde com ele!). Não é o mesmo que não dizer nada. É simplesmente dar aos outros a oportunidade de transmitir as suas ideias antes de sair na defensiva.

Use ambos os sapatos

Muitas vezes é sugerido para que você “se coloque no lugar do outro” para desenvolver a sua empatia – um componente-chave da inteligência emocional. Mas na realidade, você precisa usar ambos os sapatos – compreender tanto os seus motivos, quanto os dos outros, e enxergar a situação de ambos os lados. Descubra um caminho que leve em consideração tanto os seus motivos e sentimentos, como dos outros também.

Desenvolver a sua Inteligência Emocional exige compromisso, disciplina e uma verdadeira crença na sua importância em todos os aspectos da sua vida e de quem você ama. Com o tempo e muita prática, você verá que os resultados que conseguiu superam em muito o esforço que levou para chegar lá!

Matérias Relacionadas