Qualquer curso de inglês tem três elementos fundamentais: instrução, ação e aprendizado. E, no mínimo, dois atores: um instrutor e um instruído.
Por isso, para responder à(s) pergunta(s) do título, é preciso ter uma ideia do que são um bom professor de inglês e um bom aluno.
O professor tem que dominar teoricamente as relações entre esses três elementos. É necessário saber que adultos aprendem de forma diferente das crianças, que eles têm conhecimentos gerais sobre o mundo e conhecimentos específicos sobre seus interesses e atividades. Adultos aprendem de forma calcada no que já sabem, expandindo ou ratificando conceitos de seu conhecimento prévio. Isso significa que os materiais, a relação professor-aluno e os tópicos abordados, que fazem parte do momento da instrução, devem ser condizentes com o contexto do aluno, no qual incidem suas relações sociais e profissionais, seus assuntos, sua cidade, seu país…
Uma vez estabelecida uma relação eficiente entre os atores e os elementos de trabalho, o curso flui naturalmente, o aluno perde a vergonha de errar, as correções são assertivas e os acertos contratuais são discutidos tranquilamente. Tudo ajuda para que o aluno se engaje consigo mesmo, guiado pelo professor. Cria-se um ambiente de honestidade entre as partes e, mais que isso, de honestidade intelectual.
Por exemplo, muitos professores percebem que quando o aluno está gostando do curso e evoluindo, não há mais aquela questão geralmente contraproducente sobre o tempo de curso necessário para que se chegue a um certo nível, e demais tentativas de quantificar objetivamente o ensino. E a razão é simples: os resultados são constantes, diários, o aluno sente a sua evolução e participa dela, não sendo mais um ator passivo do processo de aprendizado. As metas são muitas vezes inconscientes, múltiplas, cotidianas. O aluno se investiga.
O que nos leva à questão do que é um bom aluno. Para além do que já dizemos, o aluno deve ter em mente que o inglês é uma língua natural, não é como uma linguagem artificial de computação, por exemplo. O professor vai ensinar os tempos verbais, as particularidades da sintaxe, a formação de plurais, os usos de conectivos, a pronúncia específica de muitas palavras e noções gerais da fonologia, mas isso nunca será o suficiente. Essas coisas são somente a porta pela qual o aluno deve passar para evoluir a si mesmo. Aprender inglês é uma atividade ativa. Ou seja, o bom aluno compila, deduz, reflete, põe em prática, não é simplesmente fazer tarefa.
Os elementos humanos, cognitivos, são o que tornam as línguas naturais tão maravilhosas. Mas também tornam impossível mensurar exatamente o quanto você vai saber de inglês daqui a seis meses ou um ano, em comparação a hoje. Assim, quando você for buscar o seu próximo curso de inglês, seguem algumas dicas:
• Converse claramente com o instrutor sobre as credenciais dele e as suas. O que ele estudou? Há quanto tempo ensina? Em que campos estão seus conhecimentos prévios? E você? Do que você gosta? O que você assiste, ouve, consome? Como você pode ajudar o seu instrutor a dar um curso interessante?
• Esclareça claramente as condições do curso. Qual é a sua disponibilidade de horários? Qual é o limite da antecedência para cancelar ou remarcar uma sessão? Como serão feitos os pagamentos?
• Permita que o seu instrutor conheça as suas necessidades. Todo mundo tem que ler, ouvir, falar e escrever, claro. Mas você participa de reuniões em inglês? Vai dar uma palestra nos EUA? A preparação das aulas não é uma responsabilidade exclusiva do instrutor…
Por fim, é a honestidade que tranquiliza, muda quando necessário e dá combustível para aquela boa chama de curiosidade que as boas escolas e instrutores conhecem tão bem. Um bom curso de inglês é aquele que você adora fazer!
Good luck with your studies!
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