iStock.com / varaphoto Serviço ajuda profissional a levantar a autoestima e se recolocar no mercado.
A demissão é um momento bastante complicado na vida de qualquer profissional, ainda mais quando a pessoa é pega de surpresa. Interromper as atividades de maneira brusca, limpar mesas e gavetas, se despedir dos colegas… todo esse processo é difícil e, junto com ele, vem a necessidade de controlar o emocional e recomeçar a procura por um emprego.
Para minimizar esta situação e ainda ajudar o profissional que está se desligando, algumas empresas contam com um outplacement, serviço que dá ao ex-funcionário apoio emocional e o ajuda a conseguir uma recolocação profissional.
“O outplacement oferecido pelas empresas auxilia o executivo a ‘digerir’ a notícia da demissão, apresentando-o os próximos passos para alcançar uma nova oportunidade de trabalho”, comenta a diretora executiva da Lens & Minarelli, Mariá Giuliese.
A empresa também ganha ao oferecer aos executivos o serviço de outplacement. “Ter esse tipo de cuidado com o colaborador mostra responsabilidade e preocupação social. E essa atenção reflete, inclusive, na atração e retenção de talentos”, defende José Augusto Minarelli, diretor-executivo da Lens & Minarelli.
A especialista listou seis motivos pelos quais o executivo deve utilizar o outplacement da sua organização. Veja:
Suporte emocional
Quando o profissional é demitido, o especialista que o assessora imediatamente o ajuda a entender melhor a forma e as razões pelas quais ele foi desligado da companhia. O suporte começa logo após o executivo ser demitido. Esse apoio ajuda o profissional a expor seus sentimentos, a colocá-los ‘nos trilhos’ e a recuperar a autoestima.
Organização dos próximos passos
Com a orientação do outplacement, o profissional assessorado tem menores riscos de um novo projeto de carreira dar errado. “No processo de transição, fazemos junto com o executivo uma análise de suas competências, vocações e interesses, para que ele possa fazer escolhas para o futuro, sejam elas a busca de uma nova posição no mercado corporativo, a constituição de um negócio, a compra de franquia ou o preparo para carreira pública ou acadêmica”, explica Mariá.
Definição de novos rumos
Durante o processo de assessoramento o executivo também recebe apoio no processo de tomada de decisão sobre seu futuro, com informações estruturadas sobre o mercado, o que evita que ele faça escolhas improdutivas, desde a compra de uma franquia até o investimento de carreira em um segmento de negócio que corre o risco de entrar em crise. Ou seja, o outplacement ajuda o executivo a praticar atividades sustentáveis e que tenham afinidade com suas expectativas e competências.
Reativação e ampliação de contatos
O profissional recebe recomendações sobre o posicionamento estratégico a ser adotado para tornar a abordagem à rede de relacionamentos mais produtiva e eficiente. “Paralelamente, ele é instruído sobre como ampliar essa rede, identificar empresas e clientes-alvo a partir da adoção de ações junto ao mercado do seu interesse. Também desenvolve competências para utilizar as redes sociais em benefício do seu projeto”, explica a especialista.
Administração financeira
A administração adequada das finanças pessoais é um ponto importante neste momento. Readequar os gastos tornando-os compatíveis com a nova realidade de receita é fundamental para o equilíbrio durante a transição. No outplacement, o profissional pode contar com o aconselhamento de um consultor financeiro, que o ajudará a gerir investimentos, especialmente em caso de aplicações ou de abertura de negócios.
Atalho para a recolocação
O outplacement é, na prática, uma forma de encurtar o tempo de procura pela recolocação. Segundo Mariá, profissionais sem outplacement podem levar mais de um ano para encontrar uma nova posição de mesmo nível. Já o executivo com outplacement leva de seis a 10 meses para ter uma nova vaga.
