Sem experiência não há vagas, mas sem as vagas não existe possibilidade de o profissional adquirir experiência. Pensando neste tipo de situação, muitos jovens brasileiros estão se dedicando a programas de estágio para estudantes de ensino médio e a programas de jovem aprendiz desde cedo, no intuito de sair na frente no mercado de trabalho.
Porém, existem algumas dúvidas de como funcionam estas duas modalidades de “empregos” para os jovens. Assim, o Mundo Carreira compilou algumas dicas para quem se interessar pelo assunto.
O jovem aprendiz deve estar na faixa etária entre 14 e 24 anos e tem seu emprego regido pela CLT. São elegíveis para este tipo de trabalho jovens que estão matriculados em ONGs, Escolas Técnicas ou Sistemas S (Senai, Senac, Senar, Senat e Sescoop). A ideia é colocar em prática o que está aprendendo em seu curso técnico.
No caso dos programas de estágios, o jovem precisa ter no mínimo 16 anos, possuir RG e CPF, e estar matriculado no Ensino Médio, Educação Profissional, Educação Superior ou Educação Especial.
O Jovem Aprendiz é regido pela CLT. Já o estágio tem uma lei própria, não é CLT e, portanto, não tem vínculo empregatício, é uma atividade educacional. O estágio não é laboral, diferente do aprendiz, que exerce a prática na empresa e teoria fora da empresa.
Quanto aos salários, as duas situações também são diferentes, uma vez que o jovem aprendiz tem como base a CLT e os estagiários não. A lei do jovem aprendiz garante ao adolescente do programa o direito ao salário mínimo-hora de R$ 3,29, observando-se, caso exista, o piso estadual. Ainda deve se observar outros benefícios, como vale-refeição, vale-transporte, assistência médica, odontológica, entre outros.
No caso dos estagiários, por conta da falta de vínculo empregatício, as empresas não são obrigadas a oferecerem um salário, mas mesmo assim, a maioria das empresas trabalha com as bolsas-auxílio. Os horários do estágio deverão se adequar ao horário escolar do contratado.
Responsabilidade, pontualidade e iniciativa, estas são umas das principais qualidades apontadas pelos especialistas para que o jovem se destaque e faça bonito dentro da empresa. Os contratantes querem pessoas motivadas e que levem a sério suas responsabilidades e seus horários, além disso, uma boa habilidade social e respeito aos colegas são características importantes.