É sabido que o bom humor no trabalho favorece as relações e pode até ser um indicador no aumento da produtividade, já que para muitos o bom humor é considerado uma competência, que traduz-se na inteligência emocional em perceber, diante de situações difíceis, uma dimensão maior nos aspectos positivos e menor aos negativos.
Mas, para que essa teoria funcione, é preciso que o bom humor tenha uma dose adequada. É o que sugere Shana Wajntraub, psicóloga e consultora de carreiras da Eleve Consulting.
“O excesso de humor pode gerar problemas quando a atividade que realizamos exige atenção a detalhes, concentração ou tomada de decisões não precipitadas. Já nos relacionamentos, pode gerar transtornos quando a pessoa não tem o bom senso na hora de fazer brincadeiras ou piadas”, explicou.
A especialista elenca que para garantir que o humor não seja um fator nocivo no ambiente de trabalho, é preciso analisar alguns aspectos como o nível de intimidade que você tem com o interlocutor e identificar se é o momento ideal para realizar piadas ou brincadeiras. “Analisar a natureza da tarefa que você irá executar também precisa ser uma preocupação, pois pode requerer atenção concentrada e uma dose de seriedade”, disse.
A arte de saber dosar as emoções
Por outro lado, a especialista lembra que a falta de humor também pode ocasionar problemas. “Podemos nos tornar desagradáveis para nós e para as pessoas ao nosso redor. E isso pode influenciar a harmonia de uma equipe, por exemplo. Além disso, com mau humor, temos uma visão pessimista e a consequência disso é eventualmente nos desanimarmos com obstáculos e encararmos tudo como dificuldades e não como desafios”, completou.
Para a consultora, é muito importante tomar consciência das emoções e do estado de espírito e trabalhar o autodomínio. “Só assim conseguiremos balancear o humor, pois precisamos ter esta inteligência emocional desenvolvida. Como consequência disso, poderemos utilizar o humor sempre a nosso favor”, finalizou.