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Como manter a calma numa conversa intensa

Respirar fundo e saber ouvir são algumas das formas de lidar com situações calorosas

iStock.com / Wavebreakmedia Autoconhecimento é habilidade essencial para quem precisa manter a calma no trabalho.

Muita gente já deve ter passado por uma situação parecida: o dia de trabalho está calmo, a relação com o seu chefe vai muito bem e aquela reunião com o cliente logo mais tem tudo para ser um sucesso. Mas imprevistos acontecem e tudo vira de cabeça para baixo. Nessas horas como manter a calma e não deixar o estresse dominar?

Amy Jen Su, cofundadora e sócia-gerente da Paravis Partners, empresa de coaching e desenvolvimento de liderança executiva, escreveu um artigo para o site Harvard Business Review e elaborou algumas dicas de como manter a calma em situações difíceis. Confira:

Fique atento ao ponto de inflexão

Conheça os seus próprios sinais quando uma conversa saudável declina para uma situação precária. Neste ponto, Amy cita como referência a Amy Gallo, autora de “HBR Guide to Managing Conflict at Work” (Guia HBR – Gestão de Conflitos no Trabalho”, em tradução literal. Para ela o melhor indicador é a sua própria reação física quando está se sentindo ameaçado. Sua frequência cardíaca sobe, seu rosto pode ficar vermelho e sua respiração se torna mais superficial.

Amy Jen Su também cita como exemplo o SVP Rick Juneja, da empresa Opower. Ele orienta sua equipe a controlar não apenas suas próprias reações, mas também a prestar atenção às mudanças da outra pessoa, como uma cruzada de braços ou perguntas de maneira mais ríspida. Ao invés de se tornar reativo, o ideal seria tomar as rédeas. Isso porque o contágio emocional é algo real e se você não tomar cuidado a situação pode acabar de maneira muito ruim.

Concentre-se em algo físico para recuperar a perspectiva

Em primeiro lugar, respire. De acordo com Amy Gallo, ao respirar você evita o modo reativo. Uma técnica a ser utilizada é a 4-7-8 (inspire pelo nariz contando mentalmente até 4, segure a respiração contando até 7 e expire pela boca contando até 8).

Além de respirar, literalmente toque os objetos ao seu redor e observe as sensações. “Coloque sua mão sobre a mesa, sinta seus pés no chão, observe onde suas pernas estão descansando na cadeira. A chave é não ficar preso em seus próprios pensamentos. Você também pode observar as artes nas paredes ou o tamanho do local, ou seja, qualquer coisa que aumente a sensação de espaço, de forma que você não se sinta sufocado ou na defensiva.

Essa reorientação física torna mais fácil a recuperação da perspectiva. Lembre-se que o ponto da reunião não é para provar quem está certo ou errado ou quem é a pessoa mais inteligente na sala. Em vez disso, você está lá para definir um orçamento, entregar uma mensagem difícil com respeito ou encontrar uma solução conjunta. Não se torne vítima, mas um observador.

Crie empatia e faça pontes

Com um ponto de vista mais objetivo, você pode trazer a empatia para a conversa. Deixe a outra pessoa expor suas queixas, certifique-se que ela se sente ouvida. O que vejo acontecer em conflito é que alguém começa a desabafar e a outra pessoa sente a necessidade de interromper. Em vez disso, suspenda a necessidade de estar certo e pratique a escuta. Empatia não significa ser passivo ou permitir que a outra pessoa maltrate você. Ao dar espaço você dá a chance de a pessoa desabafar e ganha acesso a outros fatos importantes que possam fazer uma ligação entre você e a outra pessoa.

Para que essa empatia aconteça, mostre que você se importa, peça desculpas se percebeu que cometeu um erro, peça a maior quantidade de informações que puder para entender o caso, compartilhe opiniões sobre o assunto que está sendo tratado e não tenha medo de discordar, mas nunca perca o respeito com a outra pessoa.

Amy Jen Su finaliza dizendo que, mesmo que tenhamos participado de discussões calorosas no passado, sempre é possível tomar uma respiração profunda, recuperar a perspectiva, começar a empatia e criar pontes. “Enquanto não podemos mudar o que já aconteceu, nós sempre temos a opção de estender a mão, nos conectar com os outros e nos comprometer de maneira mais construtiva.”

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