As populares pegadinhas aparecem aos montes em concursos públicos de diversas áreas. Tão comuns quanto perigosas, essas armadilhas costumam confundir até os mais bem preparados e são motivo de eliminação de muitos candidatos.
Criadas com o objetivo de testar, além do conhecimento, a capacidade de raciocínio e atenção, as ‘pegadinhas’ se valem de termos, expressões linguísticas e diferentes maneiras de enunciação da questão para induzir o candidato a seguir uma linha de pensamento errada. Nessa estratégia, presente em quase 20% das questões, cada palavra, detalhe, pontuação pode fazer a diferença entre a conquista da vaga ou a eliminação.
As pegadinhas podem aparecer em todos os tipos de provas. Para driblá-las, além de concentração na hora da prova, o candidato bem preparado deve ter jogo de cintura e domínio de algumas técnicas para identificá-las. Concurseiros experientes afirmam que, independente da categoria da prova, as temidas ‘perguntas capciosas’ costumam seguir um padrão. Os tipos mais comuns, de acordo com especialistas no assunto, são as pegadinhas “de detalhe” e as “de senso comum”.
No primeiro tipo, a “armadilha” está em algum detalhe, aparentemente inocente, do enunciado ou alternativas da questão. Este detalhe malicioso pode ser incluído de diversas formas. Um exemplo clássico, mas que ainda engana os mais desatentos, são os enunciados que pedem a identificação da alternativa incorreta, ao invés da correta. Muitos candidatos, seja por desatenção, pressa ou força do hábito, acabam “perdendo” este importante detalhe e, perdem junto, os pontos da questão.
As pegadinhas “de senso comum”, por sua vez, costumam incluir algum termo ou expressão com significado muito específico ou generalista demais. O uso de palavras como ‘sempre’, ‘nunca’, ‘nenhum’, ‘todos’ geralmente esconde exceções que tornam a afirmativa incorreta.
Provas que envolvem conhecimentos de áreas específicas também escondem armadilhas “de senso comum”, uma vez que alguns termos, quando utilizados em determinados contextos, possuem significados diferentes do uso cotidiano. É o caso da palavra “intempestivamente” que, normalmente, é aplicada como sinônimo de “afoito”, “apressado”, mas que na linguagem jurídica quer dizer “fora do prazo”.
Para quem está tentando uma vaga em concursos públicos, a dica é ler com muita atenção os enunciados das questões. A tranquilidade também é fundamental para espantar o medo destas pegadinhas. Isso porque, candidatos bem preparados, tranquilos e atentos no momento da prova não têm motivo para temê-las.