© Depositphotos.com / monkeybusiness Essa deve ser a maior mudança no Ensino Médio da rede estadual em São Paulo.
No próximo ano, o Governo do Estado de São Paulo vai iniciar um novo modelo de currículo no Ensino Médio. A Secretaria Estadual da Educação pretende transformar a maior parte do curso em disciplinas optativas, modelo em que os estudantes podem escolher o que vão estudar. A princípio, o novo Ensino Médio deve começar em um número restrito de escolas e depois avançar para toda a rede.
A reforma dessa etapa atingirá principalmente os 2º e 3º anos, quando as disciplinas serão oferecidas para opção do aluno e o próprio estudante montará sua grade. Apenas o 1º ano continuaria com o currículo fechado, como é hoje em toda a educação básica.
Herman Voorwald, secretário da Educação de São Paulo, acredita que a aposta no protagonismo do aluno é a melhor saída para essa etapa, considerada o maior gargalo da educação brasileira.
A proposta ainda está sendo finalizada na área pedagógica da pasta e deve ser discutida no Conselho Estadual de Educação (CEE) no segundo semestre. Por enquanto, a secretaria não revela detalhes, mas o plano é que a maior parte do que é estudado nos dois últimos anos seja construída a partir dos interesses do aluno.
Uma novidade seria a oferta de disciplinas fora da grade tradicional, como Teatro. “Ou mudamos ou vamos falir e esses meninos não vêm para a escola. Se ele odeia Matemática, pode optar por Artes, Idiomas”, ressalta Voorwald.
Modelo
São Paulo possui mais de 3,6 mil escolas estaduais com Ensino Médio. Por enquanto, não há um número definido de unidades que vão iniciar a nova grade, uma vez que elas serão escolhidas por adesão ao projeto. A Secretaria da Educação teme que o modelo “trave” se for iniciado em um número muito grande de escolas ou na rede toda. Essa estratégia de adesão foi adotada no modelo de Escola de Tempo Integral, iniciado em 2011, que hoje envolve 257 escolas do Ensino Fundamental ao Médio.
