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Pais desejam que filhos sigam carreiras tradicionais, diz pesquisa

Para nove em casa 10 pais brasileiros, essa medida é segura diante de um mercado em constante oscilação.

© Depositphotos.com / andresr Pais acreditam que carreiras tradicionais trazem mais segurança.

Os cursos de Medicina, Engenharia e Direito são os mais apontados por nove em cada 10 pais brasileiros quando o assunto é o futuro profissional dos filhos. Pelo menos é o que aponta a pesquisa O Valor da Educação, feito pelo Banco HSBC. Foram entrevistados 5.500 pais de 16 países, com filhos com menos de 23 anos, entre os meses de março e abril desta ano.

Pelos resultados, 23% dos pais gostariam que seus filhos cursassem Medicina, 18% disseram Engenharia e 12%, Direito. A predilação dos pais brasileiros por essas três áreas é maior do que a média mundial, que foi de 83%. Além disso, 83% dos pais revelam que não querem que seu filhos sigam a mesmo profissão que a deles.

Em entrevista concedida à Agencia Estado, o diretor de Gestão e Patrimônio do HSBC, Augusto Miranda, acredita que a preferência por cursos tradicionais tem relação com a falta de cultura de organização financeira dos brasileiros. “As carreiras mais populares são as mais conservadoras, com mercado de trabalho já consolidado e com menos riscos. E é por conta da segurança que os pais querem que os filhos sigam essas profissões.”

A pesquisa também concluiu que os pais brasileiros querem que seus filhos estudem e tenham um diploma universitário. Para 89% deles isso é essencial para quem deseja atingir metas importantes na vida.

Pagamento dos estudos

O Banco HSBC estimou que o investimento para educação dos filhos poder variar entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão. Isso se colocarmos na ponta do lápis não apenas a mensalidade, mas material didático, curso de idiomas, alimentação, transporte etc.

E, mesmo sob este aspecto, 88% dos pais do Brasil disseram que ajudariam financeiramente os filhos na faculdade, enquanto a média mundial é de 95%. Os dados ratificam os resultados de outra pesquisa feita pelo banco no ano passado, que aponta que os pais brasileiros são os que menos poupam para a educação dos filhos, 42%, contra 64% da média mundial. Na China este número saltava para 81% e na Malásia, para 85%.

Independente do curso que vão escolher, o que os pais entrevistados querem é que seus filhos tenham como metas a felicidade (62%), dinheiro o bastante para uma vida confortável (35%) e uma carreira de sucesso (32%).

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