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6 empresas que estão com a liderança ameaçada

Problemas como corrupção, crise interna e cultura organizacional têm agravado a relação de algumas companhias com os stakeholders e colocado em xeque a sua eficiência.

© Depositphotos.com / drserg Para tentar recuperar mercado e atrair novos consumidores, a Microsoft tornou o pacote Office gratuito para tablets.

Com negócios espalhados em todo o mundo e consideradas referências na área de atuação, algumas empresas começam a sentir a sua liderança ameaçada pela entrada de novos concorrentes no mercado e, também, pela mudança de hábito dos consumidores.

Além disso, problemas na gestão, corrupção, crises internas e falta de inovação e soluções estratégicas têm agravado ainda mais a situação e a relação com os stakeholders em geral. Confira quais são as seis empresas que estão ameaçadas:

Microsoft

Uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, a Microsoft tem enfrentado diversos problemas. Além de precisar travar uma disputa na participação em sistemas, navegadores de internet e celulares com as novas queridinhas do mercado (Apple, Google e Facebook), alguns outros fatos potencializam as dificuldades.

Recentemente, a companhia anunciou um corte de 18 mil empregos para focar sua divisão de smartphones apenas no desenvolvimento da plataforma Windows Phone. Isso porque o sistema Windows, usado na grande maioria dos computadores pessoais no mundo, tem encontrado muita rejeição dos consumidores.

Sony Pictures Entertainment

Depois de hackers terem invadido o seu sistema de computadores e liberarem informações sigilosas, a liderança da Sony está ameaçada. O ataque aconteceu como uma resposta ao filme “A Entrevista”, que retrata uma conspiração para matar o líder norte-coreano, Kim Jong-un.

Estima-se que, ao todo, o prejuízo tenha ultrapassado R$ 100 milhões. Mas o problema maior que a companhia deve enfrentar é a falta de confiança do mercado.

McDonald’s

Após anos de liderança, o McDonald’s enfrenta uma crise devido à preferência dos jovens em serem mais saudáveis ou preferirem versões diferentes do famoso hambúrguer. Em uma pesquisa recente realizada nos EUA, o público priorizou outras redes e colocou o McDonald’s apenas na 15ª posição.

Além disso, diversos escândalos envolvendo seus produtos também se tornaram motivo para a perda de consumidores. No Brasil, houve ainda uma ação civil pública contra a rede por violação de direitos trabalhistas. Para reverter a situação, a rede nomeou um novo presidente.

Mattel

Com o avanço da tecnologia, os brinquedos têm perdido força. Atualmente, a Barbie, a maior marca da Mattel, com vendas anuais estimadas em mais de US$ 1 bilhão – cerca de 15% do total da receita da empresa –, é a que mais perde mercado. O posto de preferido agora é dos bonecos dos personagens de “Frozen: uma aventura congelante”, da Disney.

Para reverter o cenário e  reerguer as vendas, a companhia fez mudanças em sua administração com a substituição do CEO e do presidente do conselho.

Tesco

Considerada a maior companhia de supermercados na Inglaterra, a Tesco está sendo investigada por fraude – os executivos estão sendo interrogados por inflar os lucros de janeiro a junho em 250 milhões de libras, ou 319 milhões de euros –, o que deu origem a maior crise em seus 95 anos.

Em resposta aos problemas, Warren Buffett, bilionário presidente do conglomerado de investimentos Berkshire Hathaway, cortou a participação de sua companhia na conturbada varejista britânica para menos de 3%.

Petrobras

A estatal brasileira sofre com uma das maiores crises do mundo. A Operação Lava Jato, da Polícia Federal, investiga um esquema de corrupção dentro da Petrobras, que envolve lavagem de dinheiro e contratos irregulares por meio de licitações que beneficiariam partidos políticos. Além de problemas com a credibilidade, a crise fez a companhia perder valor de mercado e resultou em diversos processos.

Até agora, 23 empreiteiras foram indiciadas por envolvimento na operação. O problema tende a ficar ainda maior com a instauração da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras, criada para analisar denúncias de corrupção na empresa de 2005 a 2015, incluindo a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA.

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