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A ideia de não ter hierarquia pode assustar alguns empresários que não acreditam que a empresa conseguirá cumprir metas sem a gestão de diretores e gerentes, mas a holocracia mostra que é possível uma empresa sem hierarquia ser bem-sucedida. O funcionário sente mais autonomia e independência ao desenvolver o seu papel na empresa, além disso, ele será supervisionado.
A ideia da holocracia é organizar a empresa com base nas funções que ela precisa e não em pessoas que são responsáveis por elas. A organização passa a funcionar em forma de círculos semi-independentes, um círculo é inferior e outro superior e há neles pelo menos dois indivíduos que tomam as decisões. Essas pessoas são escolhidas por meio de votação, uma pelos integrantes do superior e outro pelo inferior. Cada círculo é livre para desenvolver a própria política, metas e decisões, mas devem ter a responsabilidade de cumprir o que foi prometido para o círculo superior. Os setores também são divididos entre os círculos, enquanto um fica com a área administrativa o outro pode ficar com a financeira.
Também não há cargos pré-definidos, cada um desenvolve uma função e são chamados de “papel” (em inglês, roles). As tarefas desenvolvidas por cada papel são definas em reuniões e conta com a participação de todos os integrantes de cada círculo.
A Zappos, rede de varejo da Amazon, anunciou que irá se aventurar nesse novo modelo de gestão. A empresa conta com 1.500 funcionários e será a maior companhia a adotar o sistema de holocracia. Para alguns especialistas, essa nova gestão pode não dar certo porque será uma mudança radical e muitos funcionários podem estranhar esse novo modelo de gestão, mas a empresa não tem medo de arriscar e aposta nesse método para continuar ativo no mercado.
