O mundo do trabalho vem apresentando uma forte tendência em ampliar as horas extras executadas por empregados. No Brasil, 14% dos trabalhadores estão fazendo mais de 15 horas de trabalho extra por semana. Para essa parcela de trabalhadores, no fim do mês, eles acabam por ter uma carga superior a uma semana a mais de trabalho. O dado é bastante preocupante, pois tal excesso de trabalho repercute na qualidade de vida e na saúde de quem o executa.
Os dados de uma pesquisa realizada pela Regus, empresa especializada em soluções para espaços de trabalho, mostram que a segunda-feira é o dia no qual os trabalhadores mais fazem horas extras, somando 13% dos entrevistados; 10% preferem as quartas e 7% trabalham horas a mais nas terças ou quintas. E 49% dos entrevistados não apontaram o dia que preferissem executar o trabalho extra.
Otávio Cavalcanti é diretor da Regus Brasil e aponta que, embora o compromisso dos trabalhadores com seus cargos seja admirável, esse dado também deve servir de alerta para a perda de qualidade de vida dessas pessoas, que possuem uma grande privação de momentos de lazer e relaxamento e que, muitas vezes, além do tempo a mais no trabalho, ainda perdem tempo para se deslocarem.
Para ele, flexibilidade no trabalho e localização próxima à casa são fatores que podem ajudar a minimizar o stress gerado pelo excesso de tempo dedicado à profissão. Independente de quantas horas um empregado é capaz de se dedicar ao seu trabalho, é importante lembrar que descanso e lazer são grandes aliados da criatividade e da inovação.