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Jovens profissionais devem trabalhar por 70 anos ao longo da vida

iStock / Getty Images Plus / jacoblund Com o aumento da expectativa de vida e do acesso à especialização, a tendência é que os profissionais da chamada geração Y trabalhem 70 anos ao longo da vida.

A geração Y (também chamada de geração do milênio, ou Millennials) é formada por pessoas que nasceram entre o início da década de 1980 e meados da década seguinte. Esses jovens — que hoje estão na casa dos 30 anos — cresceram em uma época de grandes avanços tecnológicos e facilidade material, além de um ambiente altamente urbanizado, evolução da internet como principal meio de interação social e acesso crescente à informação.

No que diz respeito ao mercado de trabalho, os jovens desta geração se destacam principalmente por estarem sempre à procura de desafios e oportunidades de crescimento, oferecendo criatividade, dinamismo e entusiasmo às empresas que os contratam. Por conta dessas características e particularidades, os gestores mais tradicionais tiveram que aprender a lidar com a geração Y no trabalho, o que pode ser muito positivo para a organização.

Com tanto a oferecer ao mercado de trabalho, os Millennials devem ser o grupo que ficará mais tempo ativo, sendo que muitos desses profissionais provavelmente jamais cheguem a se aposentar. Esta é a previsão de Sidnei Oliveira, especialista em gerações, fundador da Escola de Mentores e autor de diversos livros a respeito do tema.

De acordo com Oliveira, o aumento da expectativa de vida, o crescente avanço da medicina e a redução no número de filhos são aspectos que impactam diretamente nas perspectivas de trabalho. “A tendência é a expectativa de vida aumentar ainda mais. Daqui a 30 anos, provavelmente chegara a 90 anos. O impacto disso no mundo do trabalho é direto: pessoas que hoje estão se aproximando dos 30 anos vão trabalhar quase 70 anos em suas vidas.”, analisou o especialista durante palestra realizada no final de abril a respeito do tema.

Além disso, foi observado que os profissionais mais experientes têm se preparado mais para continuar na ativa: na última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), prova que dá acesso aos cursos superiores, 28% dos candidatos tinham mais de 45 anos. “É provável que muitas pessoas nunca se aposentem e se reinventem ao longo de sua vida profissional, assumindo diversas carreiras e profissões”, explicou Oliveira no evento.

Convivência entre gerações

Hoje em dia, a maioria das empresas precisa lidar com o conflito de gerações no ambiente de trabalho. Porém, isso não precisa ser necessariamente um problema: por terem características e experiências muito diferentes, uma geração pode aprender muito com a outra. De acordo com Sidnei Oliveira, o ideal é aproveitar as diferenças para incentivar uma competitividade saudável entre os profissionais, garantindo o aprendizado mútuo.

Aos líderes, cabe a tarefa de estimular o desenvolvimento da maturidade nos mais jovens, permitindo que eles cometam erros e aprendam com eles. Para os jovens, a recomendação é estar aberto ao conhecimento dos mais experientes e saber lidar com as diferenças.

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