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O papel do idoso aposentado no mercado de trabalho

Além de complementar a aposentadoria, volta da categoria ao ambiente profissional faz bem à saúde e amplia a troca de experiências com os jovens

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Já se foi o tempo em que aposentadoria era sinônimo de passar horas e horas em casa tricotando ou batendo papo com os amigos. Está cada vez mais comum a inserção do idoso no mercado de trabalho, seja para complementar a renda familiar ou para se sentirem mais úteis. Hoje no Brasil há, aproximadamente, 15 milhões de idosos (pessoas com 65 anos ou mais) e, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 4,5 milhões de aposentados não saíram do mercado de trabalho e continuam na ativa. Essa tendência deve crescer ainda mais nos próximos anos.

Segundo pesquisa feita pela consultoria de recursos humanos Hays, 20% das companhias contratam profissionais aposentados. Desse total, 75% para cargos técnicos, 33% para a diretoria e 28% para a gerência.

Entre os fatores que levam as empresas a optarem por contratar idosos estão a falta de mão de obra qualificada, amplo conhecimento técnico e redução de custos – já que a maioria é contratada como autônomos.

Além disso, setores como o de atendimento e recepção têm visto com bons olhos os aposentados no mercado de trabalho porque tem mais paciência, são mais simpáticos e sabem lidar melhor com situações adversas por conta da sua maturidade.

Já em companhias, é comum, por questões estratégicas, optarem por trocar dois profissionais juniores por um sênior, que trará mais expertise para o negócio. Sendo que áreas técnicas como engenharia, finanças e comercial estão bastante interessadas nesse público.

Remuneração x Benefícios

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E como nem sempre é possível viver apenas com a aposentadoria, os idosos tem quebrado a barreira do preconceito e estão voltando para o mercado, seja para complementar a renda ou procurar equivaler o que recebiam antes de se aposentarem. Na classe D, por exemplo, eles respondem por 88% da renda familiar.

Porém, esse não é o único fator. Manter-se ativo, em contato com novas pessoas e em constante aprendizado ajuda muito a autoestima e saúde dos aposentados. Com eles há uma troca de experiências com os jovens e cria-se o respeito por quem já fez tanto e ainda pode, com suas limitações, contribuir mais com a sociedade.

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