Na era da globalização, estar em contato e fazer intercâmbios culturais são importantes para as empresas multinacionais, por isso elas lançam mão do processo de expatriação. Conceitualmente, expatriação é a ação de transferência de um profissional, com sua família e filhos, para outra sede da empresa localizada em outro país. A expatriação não é um processo apenas de mudança territorial, envolve fundamentalmente uma mudança de cultura, contato com novos valores, mitos, tabus, crenças, hábitos, costumes e formas de viver, de se expressar, pensar e se comportar.
O resultado positivo ou negativo do processo de expatriação vai depender da capacidade dos analistas em gerenciar a diversidade cultural em ambientes organizacionais.
O processo de expatriação inicia-se com uma viagem exploratória do profissional escolhido ao país para o qual será mandado. Geralmente são três dias nos quais ele visitará escolas e moradias pré-selecionadas e que estejam em conformidade com a política da empresa. Nesse período ele também aprende sobre o custo de vida e costumes locais. Se o candidato aceita a transferência, começa a providenciar o visto de trabalho e trâmites legais para a transferência.
Depois que a família se instala no novo país a adaptação é o aspecto mais difícil. Além disso, surgem fatores preponderantes como a insegurança trazida com o choque cultural, a dificuldade no trabalho e no idioma, relacionamento social, distância da família e não atingir os objetivos da empresa. Além disso, os processos são muito caros para a matriz da empresa, o que, em caso de desistência, pode gerar um grande prejuízo.
O profissional que é expatriado recebe, a princípio, um visto geralmente de dois anos. Depois ele pode receber um visto permanente, de acordo com o cargo. Os benefícios que recebe são escola, moradia, carro, cursos, orientação cultural e profissional antes da expatriação, preparação e apoio à família. O salário depende do cargo, área e experiência do profissional, mas costuma triplicar em relação ao salário que recebia no país de origem, porém o custo de vida pode não compensar.