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Brasileiros gostariam de ter mais flexibilidade no trabalho, conclui pesquisa da CNI

Entrevistados também apontam melhorias nos benefícios oferecidos pelas empresas

iStockPhoto / hoodesigns Trabalhadores querem encontrar alternativas para sair mais cedo ou ganhar folgas.

Trabalhar mais de oiti horas por dia é mais comum do que se pensa. Em 2012, a Regus fez uma pesquisa sobre o assunto e concluiu que 43% dos brasileiros trabalham de nove a 11 horas por dia e 17% ficam na empresa mais de 11 horas. Soma-se a isso o tempo que o trabalhador leva para se deslocar, seja de carro, seja em ônibus geralmente lotados.

Diante de tanto estresse dentro e fora das empresas, o que os brasileiros querem mesmo é administrar melhor seus horários e ganhar um pouco de flexibilidade. Pelo menos foi isso que concluiu uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Ibope.

Pelos resultados, sete em cada dez brasileiros querem horários mais flexíveis. Porém, apenas 56% têm essa possibilidade hoje e 73% têm o desejo de trabalhar em casa ou em locais alternativos.

Somente 38% dos trabalhadores de empregos formais afirmaram que a flexibilidade faz parte da rotina, enquanto no emprego informal esse índice sobe para 76%. Além disso, 42% dos trabalhadores formais têm a opção de trabalhar em casa, enquanto nos empregos informais, esse número sobe para 74%.

Como opções para a prática dessa tão almejada flexibilidade, 58% dos entrevistados gostariam de poder entrar em acordo com o chefe para reduzir o horário de almoço e sair mais cedo e 63% gostariam de poder trabalhar mais horas por dia em troca de mais folgas na semana.

Flexibilidade também nos benefícios

No que diz respeito às férias, 53% dos brasileiros gostariam de poder dividir as férias em mais de dois períodos. Esse desejo é maior entre os mais jovens: 62% dos que optaram por este modelo de descanso remunerado tinham entre 16 e 24 anos. Entre os trabalhadores acima dos 55 anos, esse mesmo benefício é desejado por 44% deles.

Para 62% dos brasileiros o vale-transporte seria melhor se fosse entregue em dinheiro. Entre os trabalhadores de 16 a 24 anos, essa possibilidade seria aceita por 64% deles. Menos da metade dos brasileiros acima de 55 anos (49%) preferem trocar a forma de receber o vale-transporte.

Tomando como base a crise que assola o país, a pesquisa perguntou se os entrevistados aceitariam fazer acordos de redução de jornada e salário para manter o emprego. Concluiu-se que 43% responderam afirmativamente, enquanto outros 54% não aceitariam a proposta.

A pesquisa foi feita entre os dias 18 e 21 de setembro de 2015. Foram entrevistadas 2002 pessoas em 140 municípios do Brasil.

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